Já parou para pensar o que peça inicial precisa ter para ser excelente?
Vamos ver nos pontos abaixo?
1 – organização e planejamento
Ao longo dos meus quase 12 anos de experiencia, notei que antes de colocar no papel uma petição inicial é necessário prepará-la, criando a estratégia para a petição.
O advogado deve estudar bastante o caso passado pelo cliente, rascunhar os pontos principais do requerimento, no papel ou mentalmente, traçando uma estratégia processual bem estipulada, inclusive já apontando os possíveis fundamentos na lei e consequencias esperadas.
Iniciar sem passar por essa etapa é correr o risco de ter uma peça sem ter um norte, o que gera uma grande perda de tempo e, consequentemente, de dinheiro também.
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2 – Levantamento do direito processual e material
Para levantar os fundamentos jurídicos, uso um trick simples: abro um arquivo de texto separadamente e insiro ali diversos os pontos jurídicos a serem abordados.
Doutrina específica, artigo da lei material e processual, jurisprudência enfim, tudo que for útil e fundamental.
E a proporção que escrevo, vai “tickando” cada um dos pontos. Isso faz com que minha mente percebe, inclusive, que o documento está se concretizando, ajuda a manter o foco e aumenta ainda mais energia para continuar, afinal, ser produtivo também é importante.
3 – Pedidos e requerimentos:
Você acha que na atual situação do Judiciário, o juiz tem possibilidade de ler detalhadamente todas as peças que entram ao gabinete?
E qual a reação espontânea?
ler imediatamente os requerimentos e pedidos.
Qual o motivo?
Por um motivo simples: é lá que está (ou pelo menos deveria se encontrar) a pretensão jurídica.
Só depois, é que se parte para os acontecimentos e argumentação jurídica.
Acha ruím isso? Todavia é a realidade, sendo assim temos de encará-la.
Então, tenha atenção nos seus pedidos.
Veja se você elencou todas as necessidades ou todos os desejos do seu cliente, em termos jurídicos.
Além disso, não deixe os requerimentos para trás, eles também são importantíssimos (e o novo CPC tem novidades sobre esse assunto, como, por exemplo, o inciso VII do art. 319!).
4 – Objetividade, Concisão e clareza
Nos dias de hoje, tudo é muito ligeiro, movimentado, o tempo corre.
Encerrou-se o tempo da advocacia tradicional e artesanal em que o advogado escrevia 30 ou 40 páginas numa peça inicial cheia de repetições e “juridiquês”, além dos termos em latim.
Atualmente quanto mais objetiva e direta for a petição inicial, melhor será, inclusive para o advogado, que obterá uma maior empatia do juiz e amplificará as chances de que sua petição seja realmente lida.
Não significa que a escrita culta deva ser abandonada.
Escrever corretamente continua sendo fundamental.
Mas os excessos e os rebuscamentos podem ser eliminados.
Ser mais claro, usar períodos curtos, ser diretos, além de mostrar que sabe escever, melhorará a qualidade da linguagem e da expressão de parecer dentro da peça.
5 – Reveja e analise
Revise antes de enviar, aquilo que foi escrito anteriormente, isso elimina as chances de deixar de lado pontos essenciais.
Nossa mente percebe mais e trabalha melhor as informações dessa forma.
rever novamente um conteúdo que escrito há um ou dois dias, aparece novos aspectos sobre o assunto.
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